sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Lado a lado

Conversa animada a três. É assim que defino o "debate" de ontem entre Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã. Clara de Sousa não teve nenhum trabalho em moderar o debate porque simplesmente o debate não aconteceu (como era de esperar). Não foi um frente a frente mas sim um lado a lado.
Os dois lideres mais à esquerda limitaram-se a trocar ideias e a atacar o governo e as suas políticas.
Falou-se dos temas preferidos do Bloco de Esquerda e do PCP: a Galp, a Banca, as políticas sociais e os professores. Louçã quer renacionalizar a Galp pois vê aí uma grande fonte de receitas que estão a fugir dos cofres do Estado (não posso deixar de lhe dar razão). Jerónimo de Sousa é da mesma opinião.
Louçã quer lançar um imposto sobre as grandes riquezas (como é o caso dos bancos). Jerónimo de Sousa é da mesma opinião.
Nas políticas sociais, Louçã quer aumentar o valor das reformas para o nível do ordenado mínimo. Jerónimo de Sousa é da mesma opinião.
Em termos de Educação, o líder do Bloco apresenta uma proposta de avaliação focada, não nos professores, mas sim na necessidades individuais de cada escola. Jerónimo de Sousa é da mesma opinião.
Louçã não mostrou muita abertura para coligações com o PS, em particular com Sócrates. Jerónimo de Sousa é da mesma opinião.
Foi sem dúvida o debate mais calmo e cordial dos últimos anos. Que venha o próximo, e esperamos, muito mais emocionante.

2 comentários:

  1. Pareciam duas putas.
    FL, espertalhão, não quis arrasar JS. Ficava-lhe mal, dada a diferença abissal de cultura, de fluência, de inteligência.
    Dentro daquelas duas cabecinhas os pensamentos eram outros:"sacana queres é roubar-me os meus ricos votinhos, mas aqui e agora não posso dizê-lo em voz alta, meu grande cabrão".
    Depois deste debate e se tivesse de escolher entre um e outro, votava......nos dois.

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  2. Tenho pena mas não vi este "filme pornográfico", mas pelo que já ouvi dizer também não perdi muito.

    Amigo NCB quero apenas relembrar-lhe que o dinheirito que entrou nos cofres do Estado aquando da nacionalização da Galp, deu na altura muito jeito. E afinal que raio de país é o nosso se privatizamos quando precisamos e depois vamos buscar novamente quando já não precisamos? Se passarmos esta ideia aos investidores ninguém pega em nada, nem investe com receio de que o Estado possa apoderar-se a qq momento.
    Felizmente não somos "ainda" a Rússia, nem o Cavaco é o Putin. Depois das eleições legislativas já não sei. Se a Dama de Ferro ganhar, o Sr. Silva chama o Sr. Jardim e suspendemos a DEMOCRACIA.

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