quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O egoísmo da ingratidão


"A ingratidão consiste em esquecer, desconhecer ou reconhecer mal os benefícios, e se origina da insensibilidade, do orgulho ou do interesse."

(Charles Pinot Duclos ) 

O ser humano tem de facto muitos defeitos e virtudes. A ingratidão e  o egoísmo devem ser dos defeitos que mais me incomodam. Na minha opinião, a ingratidão acompanha o egoísmo e vice-versa. O egoísta, aquele que só pensa em si próprio e nos seus próprios interesses e cujo umbigo funciona como centro do Universo, é um sujeito que não tem qualquer problema em usar os outros, pensando unicamente no benefício próprio. Atingidos os objectivos, invoca o ingrato que habita no seu interior para mostrar às pessoas que o ajudaram, o quanto valem para ele.... Muito pouco ou nada, meros instrumentos para atingir o fim. 

O sucesso é mérito pessoal, por seu lado, o fracasso é motivado por aqueles que o rodeiam. É este o pensamento típico do ingrato.

Imagem: "O Castigo da Ingratidão Filial", de Jean Baptiste Greuze

 

2 comentários:

  1. Ora toma!!!!
    Este blog está a transformar-se, como diria Chico Buarque, num "imenso Portugal".
    Pensamentos filosóficos, altas lucubrações intelectuais, raciocínios inteligentes. Muito bem, vou continuar a andar por aqui, sempre expectante, sempre na esperança de que algo me surpreenda.
    Porra, então do Cavaco. NADA?????

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  2. Caro amigo NCB

    Vejo que o Salão Erótico mexeu com o seu íntimo e que o deixou bastante filosófico.

    Deixe lá estar que elas vão, mas voltam (as ingratas claro).

    Quantos aos egoístas que o preocupam, mais tarde ou mais cedo, sentirão necessidade que a sua individualidade seja quebrada e não terão mais que um espelho para reflectir a sua imagem sebosa e obesa.

    Como nunca lhe diria o seu amigo Saramago "Deus queira que assim seja".

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